Olá, pessoas!
Nem sei se alguém continua por aqui, mas mesmo assim vou contar um pouco do que aconteceu comigo nesses últimos anos.
Nos últimos três anos eu percebi que você pode estar numa relação estável financeiramente, mas se não tiver parceria, amor (por parte dos dois), união e expectativa de crescimento mútuo, não vale a pena gastar tempo e energia. Após quase morrer num hospital e perceber que nem no meu pior momento eu podia contar com meu marido, pedi para ele sair da minha casa. Isso era em fevereiro de 2016. Continuamos numa pseudo relação, sem sexo (já estávamos mais de ano sem fazer), sem parceria. Só aparências. Doeu, gente, doeu. Eu o amava muito. Fui me desligando aos poucos.....fui focando no meu TCC da faculdade. Nesse meio tempo, minha sogra descobriu um câncer, morreu, meu sogro internou no hospital, meu ex marido pseudo namorado estava doente. Sabe uma maré de azar total? Eu não conseguia me libertar daquilo, eu precisava ajudar. Então de fevereiro de 2016 a maio de 2017 eu fiquei neste limbo de indecisão, dor, angústia.
Era estar num relacionamento que me fazia mal, era meu corpo gordo que me deixava mal, era a besteira de ter se apaixonado por outra pessoa e não ser correspondida e muito menos poder se envolver, era a pressão do TCC, era a ameaça de não me chamarem pro cargo que eu tanto queria. Sempre me falaram da crise dos 27. Eu achava que era besteira, mas realmente existe. Essa maldita crise junto com toda essa carga emocional negativa e problemas que eu estava enfrentando desde 2010, quase fizeram eu dar um fim a minha vida. Não falo em me matar diretamente, mas sofri com vários problemas de saúde desencadeados por estresse (problemas cardíacos, gástricos, neurológicos e psíquicos).
No entanto, depois da tempestade vem o arco-íris. É preciso a chuva para florir!
Em fevereiro deste ano eu me formei em Arquivologia pela UFRGS, em março foi meu aniversário e de maio pra cá, minha vida deu uma guinada. Após mais de nove anos de dependência psicológica e de relacionamento abusivo, consegui me libertar! Enfim, solteira após dez anos.
Lembram que eu estava ansiosa devido a espera de ser chamada pro cargo o qual eu estava estudando desde 2009? Enfim, fui chamada, tomei posse e entrei em exercício. Sou oficiala de justiça. Um sonho realizado. Sei que tenho muito a aprender e vivenciar ainda, mas posso dizer que estou cada vez mais apaixonada pela profissão!
Contudo, esse sonho teve um preço caro. 399 km pra ser mais precisa! Eu me mudei para uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, chamada Rosário do Sul, beeeeeeem longe dos meus amigos e familiares.
Foram muitas mudanças que até agora estou levemente tonta, hehehe Em quatro meses eu me separei, mudei de emprego, de cidade, de modo de ver a vida!
Eu sempre tive grandes projetos pra minha vida, entre os principais: encontrar uma profissão que me deixasse realizada, ter um casamento estável e feliz, viajar muito, ser magra e ser mãe.
Já encontrei a profissão que me deixa realizada e comecei a namorar um garoto que não sei se é o cara o qual eu terei um casamento estável e feliz (sim, cheguei na cidade e liguei o tinder hehehe), muito menos se será o pai do meu filho, todavia me ajudou muito a superar minha baixo auto estima!
Resta ainda ser magra e viajar muito. Eis a ironia da vida! Eu estou com 103,00 kilos. Sim, 103! Como eu disse anteriormente, os anos de estresse me trouxeram desequilíbrio hormonal, psicológico e corporal. Uma das heranças daquela fase terrível foram os kilos a mais que estão me prejudicando e muito. Descobri um problema circulatório bem preocupante. Tão preocupante, que o sonho de ser mãe e de viajar estão bem distantes. Tem maior incentivo pra eu tomar as rédeas da minha vida?
Estou muito feliz. Nunca imaginei que eu ia voltar a ser feliz na vida. Voltei a morar sozinha e gostar da minha companhia, estou num emprego estável e maravilhoso, tenho uma casa bem abastecida, meus filhos estão bem (dois gatos e um cachorro) e sei que tenho plena capacidade de me amar mais. Sim, quem se ama se cuida! Não é mais estética, é saúde. Não quero nadar e morrer na praia. Quero ter um bebezinho nos meus braços e poder pegar um avião e ir passar o Natal em Nova York sem ter medo de ter complicações.
Então, meus amores, a Andressa determinada voltou. Estou em busca do equilíbrio que um dia eu perdi!
Desculpa o texto grande, mas eu devia uma satisfação do meu sumiço. Agradeço os e-mails e mensagens recebidas.
E vocês, como estão? Vamo que vamo! Quem acredita, sempre alcança!